Maria do Socorro L. Lima*
RESUMO: No contexto da guerra tupinambá corpos, troféus, mulheres, crianças, nomes,
palavras, identidades, agressões, ofensas e muitas outras riquezas materiais e imateriais se
constituem em elementos de troca que circulam perpetuamente entre grupos inimigos. Mas, ao
contrário do que ocorre no Potlatch realizado no noroeste americano, em que a aliança
estabelece uma relação mútua de prestações entre grupos não inimigos, no contexto da guerra
Tupi o sistema de trocas baseia-se exatamente na relação hostil entre grupos contrários. O
objetivo do presente artigo é tecer um paralelo entre o complexo antropofágico dos índios
Tupinambá e o Potlatch estabelecido entre as sociedades do Noroeste Americano analisadas
por Marcel Mauss.
PALAVRAS-CHAVE: Dádiva; índios Tupinambá; Guerra; Potlatch.
Artigo disponível na íntegra:
http://seer.ufrgs.br/EspacoAmerindio/article/viewFile/10096/6923
* Graduada em História pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestre pelo Programa de PósGraduação em Ciências Sociais (área de concentração em Antropologia) da UFPA. E-mail: lacerdaufpa@hotmail.com
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